Trabalhando há quase dois meses nas cidades de Cocal e Buriti dos Lopes, as equipes de assistentes sociais e psicólogos da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), vêm desenvolvendo ações de apoio e acompanhamento junto à população dos municípios. Um trabalho até mesmo anterior ao rompimento da Barragem Algodões I e que vem sendo realizado, desde então, em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC) e Secretaria de Saúde do Estado.
Durante este período, a atuação das profissionais da Emgerpi foi decisiva para evitar que os problemas resultantes do rompimento da barragem tomassem proporções maiores do que as registradas e que não puderam ser evitadas.
Dentre os trabalhos realizados pelas nove assistentes sociais e os seis psicólogos estão a orientação quanto ao abrigo das famílias, que perderam suas casas, o apoio emocional para refazer suas rotinas de vida, além do suporte à manutenção da ordem e da segurança de todos que ali viveram de perto as dificuldades da situação.
Até hoje, as equipes da Emgerpi mantém um trabalho contínuo para a recuperação das perdas materiais e, principalmente, para a assistência humana aos que sofrem. O trabalho tem sido tão intenso que se criou um vínculo forte entre os profissionais da Emgerpi e a população local, como conta João Batista dos Santos, ex-morador da localidade Dom Bosco. “A gente criou até uma amizade com elas. Quando a gente começa a conversar dá um alívio bom. Já disse para elas que as portas estão sempre abertas para quem quer ajudar e apoiar num momento difícil como esse”, fala.
No dia-a-dia para realizar o melhor trabalho em Cocal e Buriti do Lopes, as equipes da Emgerpi contaram com a participação essencial da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, das autoridades e das igrejas locais, que serviram de abrigo e conforto em momentos, que despenderam muito trabalho conjunto. “Desde o início vimos trabalhando dia e noite, no sentido de ajudar estas famílias. Nosso tempo e estadia na cidade são exclusivamente para esse fim”, destaca.
Maria Aparecida dos Santos também tem seus motivos para reconhecer o profissionalismo e dedicação da equipe de assistentes sociais e psicólogas. "Eu estava me sentindo desamparada. Essas meninas me deram força e ajudaram bastante", conta.
Para o padre Everaldo Mesquita, pároco da cidade de Cocal, afirma que esse apoio conjunto é de extrema importância, principalmente pela seriedade com que os trabalhos vêm sendo desenvolvidos. “Tenho contato direto com as equipes e acompanho as ações e atividades desempenhadas por eles, que são profissionais de respeito”, conta.