Dos quase 1.300 mutuários piauienses que foram notificados, há cerca de seis meses, pela Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), apenas 0,3% não respondeu ao chamado. Essas pessoas receberam cartas de convocação devido à inadimplência financeira ou contratual e foram alertados que seus imóveis poderiam ser leiloados, caso a situação persistisse.
“Esses números demonstram que nossa forma de trabalhar vem dando certo e que os mutuários estão conscientes do valor da casa própria. O leilão, que estava previsto, não mais será necessário nesse momento”, comemora a diretora de processos imobiliários, Oscarina Silva.
Para manter esses índices de adimplência, a Emgerpi atua de forma sistemática, utilizando principalmente a cartas de notificação individual, que por meio dos Correios, chegam às casas do mutuário. Contendo prazos e condições, esses documentos alertam sobre uma cláusula comum a todos os contratos de negociação que a Emgerpi propôs: o mutuário não pode atrasar mais de duas prestações seguidas ou três alternadas, sob pena do contrato retornar à dívida anterior.
Dando continuidade a esse trabalho, a Emgerpi já prepara outra remessa de cartas, que dará 15 dias para que 1.500 mutuários inadimplentes de todo o Piauí procurem a empresa. “Nem todos possuem débito, pois, às vezes, trata-se, apenas, de documentos que estão faltando no contrato”, explica a diretora. O prazo para que essas pessoas compareçam à empresa começa a contar somente quando o mutuário recebe a notificação.
A Emgerpi mantém cinco escritórios regionais de atendimento, sendo que eles estão situados nos municípios de Campo Maior, Parnaíba, Floriano e Picos, além da Casa do Mutuário em Teresina. Eles funcionam de segunda a sexta-feira, no horário de 07:30 às 13:30.
Por Thaís Araújo