As vésperas do dia das mães a Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi) realizou, na manhã desta quarta-feira (05), no auditório da Diretoria de Gestão de Pessoas, um workshop para tratar sobre o atual papel das mães e as transformações sofridas no histórico dessas mulheres, ao longo dos anos.
A abertura do evento aconteceu as 9:00h, com a participação de empregados convidados de outros órgãos estaduais, como Central de Abastecimento do Piauí(Ceapi), Secretaria de Turismo(Setur) e Centro Integrado de Educação Especial(Cies).
Os funcionários da própria Emgerpi, Benjamin Rodrigues e Maria Francinete, e ainda, Antônia Magalhães, presidente da Associação das Mães, do bairro Santa Maria da Codipi foram os três palestrantes. Com histórias de vidas distintas, Benjamin, Antônia e Francinete falaram sobre suas experiências como mães e ‘pães’, termo inventado por eles para definir um pai que também tem que ser mãe, no caso de Benjamin.
Benjamin e o autismo do filho
Já faz quase 1 ano que o economista e professor, Benjamin Rodrigues deixou de lado o medo de sair com seu filho Fabrício. Há cerca de doze anos atrás, Benjamin conta que foi chamado na escola de seu filho mais velho, na época com 12 anos de idade. O pedido partiu da diretora, que percebeu que o garoto estava tendo alucinações. A consulta no psiquiatra resultou no diagnóstico de autismo atípico. “minha mulher ficou muito abalada, tive que ser forte, porque vi que eu teria que assumir aquela situação”, disse, recordando das inúmeras vezes em que teve que lidar com as crises de agressividade do filho.
*Benjamin se emociona ao falar da melhora do filho
Em julho de 2009 o ‘pãe’ Benjamin levou o filho à cidade de Goiânia, onde foi realizada a cirurgia neurológica de Fabrício. Desde então o rapaz de 24 anos não mais apresentou crises de agressividade. “A recuperação do Fabrício surpreendeu até mesmo o médico. Ele não esperava que fosse tão rápida assim”, contou.
Francinete e o orgulho de ser mãe
“Ser mãe não é um papel fácil. Eu fiquei viúva muito cedo, passei por muitas dificuldades, mas tenho muito orgulho de mim como mãe”. Dona Francinete, coordenadora da casa do mutuário, tem cinco filhos e mesmo com as dificuldades financeiras, sempre buscou investir na educação dos filhos. “Às vezes eu não tinha nem como comprar roupas novas pra eles no natal. Mas a escola eu nunca deixei de pagar. Tenho filho doutor e filho motorista, pra mim não tem diferença. Amo os dois da mesma forma”, comentou.
*Francinete:na alegria ou na tristeza, eles estão sempre comigo
Para dona Francinete ser mãe é também, saber dialogar. “Quem ainda não é mãe, quando for, que saiba lidar com os conflitos, que tente ser uma boa mãe e, principalmente, dê amor aos seus filhos. Isso é muito importante”, falou.
Antônia e as mães empreendedoras
* " lá em casa marido e filhos ajudam nas ativdades domésticas"
Presidente da Associação das Mães, do bairro Santa Maria da Codipi, Antônia Magalhães lidera um grupo de mulheres empreendedoras no bairro onde reside. Segundo ela a maior conquista das mulheres de seu bairro foi a criação de uma panificadora comunitária, na qual elas se qualificam para o mercado de trabalho e aumentam a renda familiar. “Com a ajuda da Emgerpi, montamos a panificadora, onde já qualificamos mais de 800 mulheres. Graças a parceria com o Sine, muitas delas foram absorvidas por empresas privadas. Do século XX, quando as mulheres serviam apenas para realizar as atividades do próprio lar, até a época atual, a mulher conquistou muitos direitos, como o de se profissionalizar. Essa é nossa conquista maior”, comemora.
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por Regina Oliveira