Os mutuários do conjunto Promorar receberam, nesta segunda-feira (30), atendimento itinerante do Programa Minha Casa Legal, em mais uma ação realizada pela Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi), com o objetivo de fazer uma busca ativa daquelas pessoas que ainda não receberam a titularidade dos seus imóveis e também convocar os mutuários inadimplentes para pagarem seus débitos através das condições especiais que o programa está ofertando. O conjunto Promorar possui 4.960 imóveis, construídos pela extinta Cohab.
O atendimento aos mutuários do conjunto serão feitos até nesta terça-feira (31), na Unidade Escolar Domício Magalhães, localizada na Quadra 57, na avenida principal do Promorar, em Teresina. Os serviços oferecidos nos dois dias de ação serão prestados das 7h30 às 13h30.
O Diretor-presidente da Emgerpi, Ricardo Pontes, disse que uma das grandes demandas no conjunto Promorar são os problemas relacionados aos contratos de gavetas. “Alguns mutuários têm dois ou três contratos e, por este motivo, sentem muita dificuldade para regularizar seus imóveis, pois as dívidas ficam onerosas para que elas façam as transferências dos seus imóveis para os seus nomes, junto aos cartórios”.
“Temos discutido bastante sobre este problema deles com a justiça, especialmente com a Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Piauí, para buscamos uma solução que facilitem a vida destes mutuários, que muitas vezes não possuem condições financeiras para pagarem dois ou três registros”, destacou Pontes afirmando que a ação também é resultado dos pedidos feitos pelos lideres comunitário do conjunto e do vereador Deolindo Moura.
Segundo o vereador Doelindo Moura, que também reside no Promorar, “esta segunda ação itinerante que a Emgerpi está realizando no Promorar se trata de um trabalho muito importante, que fortalecimento a regularização fundiária dos imóveis do conjunto. Muitas pessoas já morar aqui há mais de 30 anos, então é um conjunto que precisa do atendimento do Minha Casa Legal, que é um projeto idealizado pelo o governo do Estado para que os títulos de propriedades sejam entregues para mutuários dos conjunto da extinta Cohab”, disse.
Um dos trabalhos realizados nesta ação foram às visitas domiciliares que a equipe do serviço social da empresa fez nas casas daqueles mutuários com possuem dívidas acima de 100 prestações. Atualmente 416 mutuários do Promorar ainda estão em situação de inadimplência com a Emgerpi.
A respeito do objetivo da segunda ação no Promorar, a Diretora de Processos Imobiliários da Emgerpi, Ana Lúcia Gonçalves, falou que muitos mutuários do Promorar já haviam procurado atendimento do Minha Casa Legal na primeira ação itinerante, realizada em março de 2017. ”Queremos neste ação atender as pessoas que ainda precisam regularizar seus imóveis e também aquelas que têm dificuldades para se deslocarem até a Casa do Mutuário, visto que muitas moradores do Promorar são idosos e que nem acreditam mais em regularizar seus imóveis.Esperamos neste segundo itinerante que possamos atender mais mutuários para que os processos de regularização no Promorar sejam finalizados”.
“Já quitamos nossa casa e também solicitamos a liberação de hipoteca há muito tempo, mas hoje viemos aqui para saber se os documentos de propriedade do nosso imóvel estão prontos. Acredito que poder ser atendida em nosso bairro facilita muito a nossa vida, principalmente pra mim que trabalho”, disse Maria Augusta, filha da mutuária idosa Luisa Viera dos Santos, que é a uma das titulares de imóveis no Promorar.
De acordo com a coordenadors do serviço social da Emgerpi, Josenice Pires, o itinerante contou com todo o apoio da Associação de Moradores Unidos do Promorar (Amup). O presidente da Amup, Marcolino Alvarenga, relatou que a segunda ação itinerante Minha Casa Legal no conjunto “é uma ação importante, pois precisamos regularizar todas as casas, mas para que isso aconteça os mutuários também precisam se interessar em buscar atendimentos como esses que a Emgerpi está oferecendo mais uma vez em nosso bairro. Estamos também ajudando a Emgerpi a convocar aquelas pessoas que precisam regularizar as suas casas”, disse o líder comunitário que mora no Promorar há 34 anos.
Por Adriana Carvalho