Por Thaís Araújo
Líderes sindicais, representantes da empresa contratada para fornecer o auxílio médico e empregados em geral. Esse foi o público convidado para participar de um debate organizado pela Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi) para elucidar dúvidas referentes ao aumento na contribuição no plano de saúde, benefício opcional estendido aos empregados. O Encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), no auditório da Escola Fazendária.
Durante a reunião, foram discutidos aspectos relacionados à legalidade da decisão que modificou a forma de pagamento para manutenção do plano de saúde, que era de 2% sobre o salário do empregado e agora passou a ser de co-participação, isto é, as despesas são divididas meio a meio entre a Emgerpi e os beneficiados.
A diretora de Gestão de Pessoas da Emgerpi, Deuselita Araújo, que coordenou a reunião lembrou que, desde a incorporação dos órgãos, a Emgerpi faz negociações com os sindicatos no intuito de buscar uma unificação para os benefícios concedidos aos empregados. No caso do plano de saúde, ficou decidido que, até uma decisão final, o modelo a ser seguido seria o da Prodepi, pois contemplava de maneira mais ampla os empregados e seus dependentes.
“Ao ser estendido para os demais órgãos, o número de beneficiários aumentou muito e houve a necessidade de ajustar a forma de contribuição, a fim de assegurar a continuidade da prestação de serviço que garante assistência médica, ambulatorial e hospitalar para mais de 1.653 pessoas, incluindo os empregados da Emgerpi e seus dependentes”, explicou a diretora da Emgerpi.
Representantes da Assessoria Jurídica da Emgerpi também estiveram presentes no encontro. Segundo eles, a resolução sobre o aumento da contribuição dos empregados da Emgerpi para o seu plano de saúde é uma das cláusulas dos acordos coletivos que estão sendo debatidos com os sindicatos desde maio de 2008.
“Como era do conhecimento dos líderes sindicais, a mudança nos valores de participação do plano de saúde deveria ter começado em junho de 2008 e, por decisão da presidente Lucile Moura, foi adiado para novembro, tendo em vista que os empregados deveriam se adaptar à nova taxa”, complementou Taíse Liana, advogada da Emgerpi.
Uma liminar concedida pela Justiça do Trabalho determinou que fosse mantida a forma de contribuição anterior para os empregados da extinta Comdepi. A assessoria jurídica da empresa vai entrar com um recursos contra a liminar.
Segundo o presidente do Sindicato dos empregados da extinta Prodepi, Bento José e Silva, “desde a incorporação, já tivemos muitos impasses com a Emgerpi e o debate é constante. Espero que prevaleça o bom senso e a coerência nas decisões”.