A cada forte chuva, a quadra 10 do Conjunto Nova Teresina, localizado na zona norte da capital, fica intrafegável. Por conta do terreno desmatado em frente à rua, toda a água das chuvas escorre, alagando o local. Atendendo a uma solicitação do Governador do Estado, a Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi) contratou uma equipe para realizar limpeza no local, que não conta com estrutura de bueiros e tubulação suficiente.
A rua foi capinada e a areia retirada, o que irá facilitar o escoamento da água. Cerca de 10 homens foram responsáveis pelo serviço. A medida tem por objetivo diminuir o desconforto da comunidade e aumentar a segurança das pessoas que moram no local, já que o calçamento da rua, feito pela Prefeitura de Teresina, fica acima do nível das casas.
“Vim para cá para visitar minha filha e meus netos; mas quando vi o estado dessa rua, me assustei. Isso aqui era só lama e mato. Não tem comparação. Ficou uma maravilha. Como a calçamento é mais alto que a estrutura das casas, acaba ficando tudo alagado”, conta a aposentada Maria Celeste de Lima.
Dona Maria Celeste e Lucas
A preocupação de Lucas de Sousa, 12 anos, neto de dona Maria Celeste, diminuiu após constatar o novo cenário da rua onde mora. Desde o início do período chuvoso, ele disse ser uma dificuldade passar pelo local.“Eu estava no interior e cheguei ontem. Nem acreditei quando vi a rua sem as poças de lama e todo aquele matagal. Para passar por essa rua e chegar na escola era ruim demais.Agora fiou melhor”, conta.
Além da higienização e capina da quadra 10 do Conjunto Nova Teresina, algumas casas do local deverão ganhar melhorias em sua estrutura, através do Programa de Melhoria Habitacional desenvolvido pela Emgerpi. Um total de 18 casas já foram atendidas pelo programa e mais 12 deverão ser beneficiadas no Conjunto Nova Teresina, Vila Irmã Dulce e Saturno.
Um dos imóveis que serão recuperados é o de Lucimar da Silva. Ansiosa, ela já procura local para se instalar, “para não atrapalhar as obras”, brincou. Segundo ela, enquanto não se tomar uma atitude séria com relação ao escoamento da água das chuvas no local, a situação pode ficar cada vez mais complicado. “Quem fez esse calçamento não pensou no perigo que as pessoas podiam correr; mas eu tenho certeza que esses ajustes vão dar mais tranqüilidade para a gente”, afirma.
Lucimar da Silva
por Michele Sales