Estabilidade. É a palavra define a atual situação da Barragem Algodões I, localizada em Cocal da Estação. Isso devido à paralisação das chuvas na região e das águas vindas das barragens localizadas no estado do Ceará, as quais desembocam na represa de Algodões.
“Dessa maneira temos condições favoráveis para agilizar os trabalhos”, ressalta a presidente da Emgerpi, Lucile Moura, que visitou o local na manhã deste sábado, dia 16. Assim os trabalhos de reparos no local estão sendo realizados com a máxima intensidade e seguindo orientações do projetista da barragem, o engenheiro Luíz Hernane.
Um dique de proteção está sendo finalizado, o que vai impedir que as águas penetrem na parede de concreto e o maciço, ou seja, o conglomerado que sustenta a barragem. Neste espaço, homens fazem o preenchimento com pedras e material argiloso impermeável.
Além disso, está sendo feito um reforço no pedaço da parede que rompeu e máquinas trabalham na recuperação do acesso á barragem, onde as chuvas e a forte pressão das águas provocaram uma erosão. Os reparos se estendem ainda ao canal por onde escoam as águas que transbordaram. “Esse trabalho consiste em permitir que as águas escoem de forma linear, sem fazer curvas, pois esse movimento atinge com maior força e impacto os morros, podendo aumentar as erosões”,explica o engenheiro Herbet Napoleão.
Cerca de 15 homens vêm trabalhando no local e mais 30 foram contratados. “Vamos utilizar a mão de obra de homens que se encontram nos abrigos”, conta Lucile Moura.
A presidente da Emgerpi ressalta que não se trata de uma operação de recuperação, mas de reparação. Posteriormente, serão efetivadas medidas mais severas. “Estes reparos estão sendo feitos para que não ocorra o rompimento previsto”, diz, acrescentando que o risco continua, mas que, agora, o perigo é inexistente. “Continuamos em alerta”, enfatiza.
Com as perspectivas positivas, as famílias ribeirinhas removidas devem voltar para suas casas a partir da próxima quinta-feira, dia 21. Enquanto isso, equipes da Polícia Militar e Bombeiros vão coordenar uma ação que deve permitir a visita de algumas pessoas aos locais onde moram, para verificar os pertences, animais e própria casa. “Essa ação só vai acontecer com presença de policias militares ou bombeiros; lembrando que todas as áreas de acesso à barragem continuam bloqueadas e monitoradas”, conclui o coronel José Leonardo Drumond, comandante da operação.