Durante mais de uma hora, o técnico Francisco Wellington, da Gerência de Zoonoses de Teresina, falou sobre a dengue e as maneiras de se combater o mosquito transmissor da doença, orientando os empregados sobre como agir diante da situação.
Francisco Wellington alertou que o grande risco não ocorre no período do inverno, mas após as chuvas, por isso todo cuidado é pouco.
Ele explicou que, embora já tenham identificado um quarto tipo de vírus da doença na região Amazônica, em Teresina existem só três tipos. Aqui, o mosquito aedes aegypti se mostra mais ativo no início da manhã e no final da tarde, podendo voar de 100 a 500 metros e, nesse trajeto, contaminar 300 pessoas.
Wellington considera importante o trabalho do agente de saúde e pediu a colaboração da população para que não crie obstáculos a sua entrada nas residências, porque a vistoria técnica é muito importante no combate ao mosquito. "Às vezes as pessoas consideram seus imóveis imunes ao mosquito, mas somente uma vistoria feita por técnicos experientes pode garantir isso."
Acrescentou que, como o mosquito pode voar até 500 metros, impedir a entrada de um agente numa residência compromete o trabalho de todo o quarteirão. Ele orienta as pessoas para que exijam a identificação dos agentes e o telefone da Gerência de Zoonoses para que o morador possa tirar suas dúvidas, caso elas existam.
Francisco Wellington disse ainda que o mosquito aedes aegypti por ter como principal característica uma marca branca, é fácil de ser identificado e que a fase aquática, que vai do ovo à larva, é a mais fácil de ser combatida.
Ele também orientou as pessoas para que lavem bem as paredes das vasilhas onde acumulam água. "Não basta apenas derramar a água regularmente. O mosquito põe seus ovos nas paredes das vasilhas e por isso elas devem ser bem lavadas."