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Algodões I: atenção e segurança às famílias removidas
20/05/2009 - 00:11:12  
  
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Nos abrigos espalhados pela cidade de Cocal, onde estão instaladas as famílias ribeirinhas removidas devido aos perigos da Barragem Algodões I, uma opinião é óbvia e geral: nenhum lugar se compara à própria casa.

O desafio mora, portanto, na possibilidade de tornar estes lugares o mais acolhedor, seguro e agradável possível. Afinal são quase 2.500 pessoas instaladas em quinze colégios, além de paróquias e casas de parentes.

Dona Celina e Coraci Dona Celina: "Melhor aqui. Sem perigos".

Dona Celina Machado e o marido, Coraci de Albuquerque, para terem a sensação de “estar quase como em casa”, organizaram uma sala da Unidade Escolar Estadual Pinheiro Machado. “Deu até para trazer meus potes. Vai tudo indo bem e a gente sabe que é melhor estar aqui do que correr perigo, pois nossa casa é muito perto do córrego d’água”, conta Dona Celina, que mora na comunidade Franco, próximo à Algodões I.

Nem todos conseguiram transformar os abrigos numa pequena extensão do próprio lar. Para tornar estes ambientes menos impessoais, uma série de atividades lúdicas e religiosas vem sendo realizada, além da prestação de serviços médicos e de higienização, como corte e tratamento de cabelo, limpeza e outros cuidados. De acordo com a coordenadora da equipe de assistentes sociais da Emgerpi, Mardionísia Rocha, são trabalhos realizados diariamente e servem como orientação e também distração.

Atendimento Médico - barragem Atendimento médico.

“Estamos com equipes de saúde e da vigilância sanitária. Já fizemos debates sobre orientações de higiene pessoal e de ambiente. Trabalhando a fé, a cada dia é realizado culto ou missa”,conta Mardionísia, acrescentando que “é um momento difícil, por isso estamos todos mobilizados no sentido de levar comida e colchões, mas também atenção e conforto a estas famílias”.

As irmãs Maria Adriana Sousa e Maria Francisca Sousa fizeram questão de mudar o estilo do corte de cabelo e ficarem ainda mais parecidas. Francisca comenta que “a questão não é o corte de cabelo ou a televisão com filmes para as crianças; e sim poder ver que a gente não foi esquecido, que a gente está recebendo atenção. Não está fácil e se não tivesse essas coisas, ficaria pior”.

Maria Adriana e Maria Francisca - Barragem Adriana e Francisca

As atividades envolvem adultos e crianças, ocorrendo durante o dia e à noite. “Já pintei um monte flores, cmi um lanche diferente; hoje foi bem legal”, conta Letícia da Silva, 9 anos. O material da brincadeira e o lanche foram trazidos pela empresária Gardênia Oliveira, que vem dedicando parte do tempo a uma coisa chamada solidariedade.

Famílias Barragem Letícia e suas pinturas

“Sou envolvida com algumas ações de ajuda ao próximo, mas nunca com essa intensidade. Sempre estou trazendo dinâmicas diferentes e faço cachorro-quente para o pessoal lanchar. É pouco, mas vejo que ficam felizes. E eu ainda mais”, se emociona.

Famílias Barragem Solidariedade: Gardênia e a criançada

Para a coordenadora pedagógica Mônica Barreto, do colégio José Basson, onde estão abrigadas cerca 90 pessoas, o trabalho realizado numa parceria entre Estado e Município e ainda o envolvimento da população, tem feito a diferença diante de um quadro tão delicado. “São ações, brincadeiras e ensinamentos que prendem a atenção e envolvem a todos. É importante esse suporte para que haja menos ansiedade por parte dessas pessoas”, diz Mônica.

Como parte do trabalho de atenção às famílias ribeirinhas abrigadas em Cocal, a Emgerpi já doou quase 100 cestas básicas. A Defesa Civil do Estado enviou mais de 500 e ainda foram doados alimentos pelo Sesc, através de campanha em prol dos municípios alagados; além das doações da população e prefeitura de Cocal. Entre as doações feitas pela Emgerpi, estão ainda brinquedos, lençóis, colchões, material de limpeza, higiene, entre outros.

Famílias Barragem

“As famílias só deverão retornar às suas casas quando não existir mais perigo. Até lá, todo esse trabalho continuará sendo realizado. Estamos programando visitas rápidas de representantes de cada família para averiguar como está a casa, alguns móveis deixados, animais, etc”, garante o Tenente Coronel da Polícia Militar, Sidney Pires.

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