O Corpo de Bombeiros continua em busca das duas pessoas que foram afetadas pelo rompimento da Barragem de Algodões I. De acordo com um levantamento inicial da guarnição, foram apresentados 11 nomes de pessoas desaparecidas; três foram resgatadas com vida e sete óbitos foram confirmados até a tarde desse domingo (31).
Segundo o Major Costa, responsável pela operação, a relação de pessoas desaparecidas é feita a partir do cruzamento de informações colhidas junto aos agentes comunitários de saúde, as famílias ilhadas, bem como aquelas pessoas que foram afetadas pelo desastre, mas que permanecem em abrigos ou casas de parentes e amigos.
A equipe do Corpo de Bombeiros está trabalhando na região desde a última quarta-feira (27), quando a parede rompeu. Desde então, foi priorizado o atendimento às famílias ilhadas e àquelas pessoas que precisavam ser removidas, o que favoreceu a composição da lista de desaparecidos.
“Esse número foi diminuindo de acordo com o trabalho de resgate, já que muitas pessoas estavam sendo consideradas desaparecidas, mas depois foram sendo encontrados nas partes mais altas da região”, explica o Major Costa, complementando que a família dos desaparecidos e a própria comunidade contribuíram para esse monitoramento.
As comunidades Angico Branco e Franco são as área que apresentaram o maior número de pessoas sumidas. As duas crianças que permanecem sendo procuradas moravam no Angico Branco. “São 50 homens do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Exército atuando durante todo o dia de hoje; amanhã (01) teremos o reforço de mais 20 soldados”, complementa o Major Costa.
Integrante da equipe de buscas, o bombeiro Carlos Gilberto voltou hoje mais cedo da operação. O motivo foi a remoção de uma família que estava ilhada na comunidade Angico Branco. “Eram os pais e as duas crianças, que foram encaminhadas para o hospital e já estão na casa de parentes”, explica o profissional, que realizou o resgate por via terrestre, com o auxílio de motocicletas.
Desde o início das buscas, barcos, animais, aeronaves e motocicletas estão sendo utilizadas pelos mais de 150 homens que compõem a Operação Pirangi. Os assistentes sociais, que estão se deslocando para as comunidades isoladas, também auxiliam no repasse de informações para a equipe, funcionando como elo entre a população e os profissionais.