Thaís Araújo, de Cocal
Uma equipe composta por 20 homens, iniciou na manhã de hoje (01) uma missão fundamental para assegurar a qualidade do lençol freático e dos solos situados no leito do Rio Pirangi. Trata-se do enterro dos restos mortais de animais que foram vítimas da enxurrada das águas da Barragem de Algodões I, que rompeu no último dia (27).
A Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi) é a responsável pela execução desse plano, que contou com as orientações técnicas da Secretária Estadual do Meio Ambiente (Semar). Esse órgão sugeriu que, devido à urgência do processo, os animais devem ser enterrados em valas de até um metro de profundidade.
“Há animais mortos em alguns pontos críticos e a água contaminada por esses restos podem causar mal estar e vômitos na população, além de infectar os solos” explica o técnico da Semar, Sérgio Landim, que sobrevoou a área, ontem (31), juntamente com outros profissionais da equipe.
A Emgerpi contratou 20 pessoas de Cocal para trabalhar nessa ação, sendo que, dois deles receberam as orientações dos técnicos da Semar para repassá-las aos outros componentes da equipe. Para dar agilidade ao processo, os animais em estado crítico de decomposição e que não podem ser transportados deverão receber uma cobertura de cascalho de árvores e pedras, para que não fiquem expostos.
No procedimento, os operários utilizam todos os equipamentos de proteção individual, como máscaras, luvas e botas. “Isso é importante para que eles não se tornem mais uma vítima”, declara Sérgio Landim.
Para executar os trabalhos, além de pás e enxadas, os operários utilizam outra importante ferramenta: a cal, que segundo a Semar, ajuda na corrosão dos animais e ameniza a contaminação dos solos e da água.
No primeiro dia de atuação, os operários percorreram seis comunidades e, segundo Paulo César Rodrigues, assessor da Emgerpi que coordena a equipe, “a maioria dos animais encontrados eram carneiros e ovelhas”. A previsão é que esse trabalho esteja concluído em uma semana.